É certo que
existe um mundo antes da internet e outro bem diferente depois. Principalmente
as redes sociais deram voz aos esquecidos, discriminados, às minorias. Pessoas que viviam nas sombras puderam
mostrar que existiam. Como nós transexuais, que desde sempre éramos enxergados
apenas como pessoas que se prostituíam, sem sentimento, sem família, sem
sonhos, apenas era isso que viam. Hoje em dia graças a internet nós temos
rostos, podemos ser percebidos em outros empregos, dentro da faculdade, começamos
a ser vistos como gente, finalmente. Assim como com as pessoas trans, todas as
outras minorias discriminadas tiveram sua vez de serem ouvidas. Finalmente
encontramos um meio de nos juntarmos contra a marginalização.
Claro que as
minorias ganhando força, os privilegiados sociais, aqueles para quem tudo sempre
foi dado fácil, cuja visibilidade era total e de uma forma muito positiva,
começaram a se sentir incomodados com o fato de nós, minorias discriminadas,
começarmos a existir como seres humanos em toda sua plenitude. E veio junto um
movimento de resistência. Como assim nós ousávamos a querer sermos pessoas? Se
pudessem nos enxotavam como ratos para dentro do esgoto. Mas como não podem, fazem o tal movimento de resgate dos valores
morais da sociedade.
As pessoas da minha geração lutavam para quebrar regras e padrões sociais, porque tudo era bem mais fechado. Somente os brancos, héteros, cisgêneros, classe média a rica é que tinham como se expressar e como existir de forma respeitável, os que restavam, ficavam a todo custo tentando serem ouvidos. Por isso a gente lutava para quebrar padrões e regras. Hoje em dia os favorecidos sociais batalham junto com a gente. Nós, ganhando visibilidade e eles ,“encaretando” a sociedade, lutando para não perderem o poder absoluto, batalhando para resgatar o moralismo, puritanismo e assim neutralizar quem quer somente ter dignidade para existir.
As pessoas da minha geração lutavam para quebrar regras e padrões sociais, porque tudo era bem mais fechado. Somente os brancos, héteros, cisgêneros, classe média a rica é que tinham como se expressar e como existir de forma respeitável, os que restavam, ficavam a todo custo tentando serem ouvidos. Por isso a gente lutava para quebrar padrões e regras. Hoje em dia os favorecidos sociais batalham junto com a gente. Nós, ganhando visibilidade e eles ,“encaretando” a sociedade, lutando para não perderem o poder absoluto, batalhando para resgatar o moralismo, puritanismo e assim neutralizar quem quer somente ter dignidade para existir.
É certo que
nós que viemos até agora marginalizados, não vamos mais nos calar, mesmo que
eles ainda detenham o poder, a nossa luta começou e não vai parar por aqui.
Espero ver mais para frente, gerações com pessoas sendo respeitadas pelo que
fazem e não somente pela cor da pele, classe social, orientação sexual,
identidade de gênero. E que continue a batalha...